Ego, a partir da interpretação filosófica, significa o “eu de cada um”, ou seja, o que caracteriza a personalidade de cada indivíduo. Mas possuímos dois “EU”. Um, representa o nosso verdadeiro centro, nossa essência. O outro, é a consciência lógica que nos guia para viermos em sociedade. Este é o EGO.
Quando somos crianças, apenas brincamos. Somos nós mesmos. Não tentamos passar uma imagem para o mundo para sermos aceitos. Mas ao longo da vida, somos julgados pelas pessoas. Somos avaliados e acabamos moldando uma imagem que se projeta para o mundo, nos modificando. Mudamos nossos comportamentos e atitudes para nossa sobrevivência no mundo. Esta é a formação do Ego.
O Ego é para nossa defesa, nosso extinto de superproteção. É ele quem nos move, nos conduz, nos leva à procura por sabedoria e compreensão da vida. O Ego é a consciência lógica fundamental para nosso dia a dia. É ele quem nos faz ganhar dinheiro, saber nos comportar em sociedade, saber nos vestir, buscar por abrigo, termos questões de sobrevivência básica e quem cria conforto no nosso mundo.
Infelizmente, sua busca gera transtornos. Como seus subprodutos temos o individualismo, o materialismo, o egoísmo. O Ego nos motiva a entrar em discussões e sempre defendermos nossa certeza. Gera desejos. Desejos de consumismo, vícios, compulsões, fome de poder e ganância. O que importa é estar em primeiro lugar, temos que destacar no que fazemos, acumular condecorações, títulos, ser multifuncionais, ser o que todos gostariam de ser. Uma verdadeira armadilha para nossa existência quando nos identificamos com esta personalidade formada por estímulos externos.
Tudo aquilo que aprendemos sobre nós através do contato com outras pessoas gera uma referência de quem somos e por ser algo formado pelo “outro”, o Ego é um falso “Eu”, como uma máscara.
Devemos fazer uma busca pelo “Eu verdadeiro”, pelo nosso verdadeiro centro. E para isso, precisamos fortalecer o Ego através do contato com os outros. Este contato mostra que sua identidade com um falso ser gera um vazio na sua consciência e você acaba percebendo que aquele não é você real. Esta percepção de uma falsa ilusão culmina no encontro do seu verdadeiro ser, seu verdadeiro centro. Finalmente, você transcende o Ego. Passa a compreender que ele é uma ferramenta para sua sobrevivência e nunca um mestre do seu ser.
O importante é que nossas ações estejam de acordo com o que acreditamos, nossos valores. Que a ética prevaleça e que nossa busca seja sempre para nosso aperfeiçoamento pessoal para que assim, como pessoas melhores na sociedade, possamos deixar nosso legado positivo para aqueles que nos rodeiam e que cumpramos nosso papel como ser, mesmo sendo tão minúsculos que somos, que une culturas através das gerações na história da humanidade contribuindo assim para um mundo melhor.